Provas do Enem 2011 já estão sendo impressas, diz Inep.
Inmetro foi contratado para fazer a certificação do processo gráfico.
Exército vai cuidar do sigilo e da segurança das provas.
A presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Malvina Tuttman, disse nesta quinta-feira (18) que as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que serão aplicadas nos dias 22 e 23 de outubro, já estão sendo impressas na gráfica RR Donneley. Segundo ela, a impressão obedece a um extenso cronograma de produção da prova que vai reunir 5,3 milhões de estudantes de todo o país.
Este ano, todo o processo gráfico do Enem vai contar pela primeira vez com a certificação do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial). A intenção é evitar erros de impressão como os ocorridos na edição de 2010. De acordo com o Inep, as provas depois de impressas serão armazenadas em unidades do Exército sob intensa vigilância. O órgão reforçou a segurança para evitar que se repita o vazamento de provas ocorrido em 2009.
Enquanto isso, mais de 350 mil fiscais estão sendo treinados para participar da aplicação das provas. Eles serão funcionários de institutos e universidades federais. "A capacitação deles será intensificada", disse Malvina.
TCU pede esclarecimentos
Toda a operação terá um custo operacional de R$ 238,5 milhões, ou R$ 45 por aluno, segundo o Inep. Malvina disse que ainda não recebeu a notificação do Tribunal de Contas da União (TCU) , que aprovou nesta quarta-feira (17) uma medida cautelar que determina que o Inep suspenda os pagamentos ainda pendentes à Fundação Universidade de Brasília pela realização do Enem de 2011.
O relator do processo, ministro José Jorge, levantou suspeitas sobre os valores do contrato e argumentou que houve “significativo incremento nos valores previstos” para a aplicação do exame, passando de R$ 128 milhões no ano passado para R$ 372.479.758,08 este ano. Esse aumento não foi justificado de forma satisfatória, de acordo com o relator.
"O Inep vai prestar todos os esclarecimentos que o TCU fizer. O valor do contrato foi aumentado para atender necessidades especiais e tendo em vista o maior número de estudantes inscritos. O que não for utilizado do valor será devolvido", disse Malvina.
(Fonte: G1)